Modelos matemáticos de fluxo e transporte

Os modelos matemáticos de fluxo e transporte são uma importante ferramenta para a engenharia ambiental. Isso porque eles fornecem subsídios ao processo de tomada de decisão relacionada aos diferentes aspectos de uma área contaminada, como por exemplo, a necessidade e a aplicabilidade de técnicas de remediação, a urgência de ações corretivas e a estimativa de prazos para atingimento de metas. Existem diversos modelos matemáticos para, por exemplo, o cálculo das concentrações de contaminantes nos pontos de exposição. Eles geralmente calculam a distribuição dessa concentração nos meios considerados. Para tanto, são necessários dados sobre as características físicas e físico-químicas dos contaminantes bem como dos locais. De acordo com a EBP Brasil, a partir de modelos matemáticos de fluxo e transporte calibrados, é possível simular cenários com diferentes premissas, entre os quais, configurações diversas de um eventual sistema de remediação.

Case

Nesse sentido, a empresa utilizou a modelagem matemática para o desenvolvimento de um plano de intervenção  em uma área de uma antiga indústria química. A fonte de contaminação no solo e na água subterrânea corresponde a uma fase livre originada pelo vazamento de tanques localizados em uma área antiga de produção. Foram feitos diversos ensaios - hidráulicos, perfilagens hidráulicas de alta resolução, recuperação da fase livre - que mostraram a inviabilidade de técnicas para a recuperação de produto por métodos hidráulicos ou pneumáticos. Além disso, a aplicação de qualquer técnica térmica foi descartada, pois os compostos de interesse possuem propriedades físico-químicas definidas por coeficientes de partição elevados. Isso implica em baixa mobilidade e elevada adsorção ao solo. Já os resultados da modelagem matemática de fluxo e de transporte indicaram baixo potencial de contaminação em áreas vizinhas. Foi verificada a baixa velocidade de transporte do contaminante, de cerca de 1 m/ano. Enfim, a Avaliação de Risco à Saúde Humana mostrou como resultado o risco potencial por meio do contato dérmico e a ingestão de águas subterrâneas. Esse cenário hipotético considerou a presença de pessoas vivendo no local. Outra técnica descartada foi a remoção ou destruição em massa dos compostos. Ou seja, bombeamento e tratamento, escavação e destinação, tratamento térmico e oxidação química. Essa medida foi provada nas investigações e nos resultados da modelagem matemática, associados às características físico-químicas desses compostos. Assim, optou-se pela adoção de medidas de controle institucionais associadas a atenuação natural monitorada. Essa abordagem foi escolhida também por estudos que indicaram o potencial e biodegradação dos compostos de interesse. Referência: EBP Brasil

Data publicação: 30 de julho de 2020

Canais: Valorização de Áreas Degradadas

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